Trabalho de Tite é indefensável. Até para a Flanelinha

Só para assinantesAssine UOLOpiniãoEsporteTrabalho de Tite é indefensável. Até para a FlanelinhaRenato Mauricio PradoColunista do UOL08/05/2024 02h15Atualizada em08/05/2024 09h17

da brwin

da brlwin: Não há mais como defender racionalmente o trabalho de Tite no Flamengo. Após sete meses à frente do elenco rubro-negro (tempo em que Jorge Jesus ganhou um Brasileiro, com recorde de pontos, e a Libertadores), seu time não passa de uma cópia bizarra das decepcionantes seleções brasileiras que dirigiu, sem sucesso, nas duas últimas Copas.

Sem jogadas ensaiadas, sem esquema tático que deixe seus jogadores confortáveis e em condições de jogar o melhor futebol que cada um pode produzir, sem ser capaz sequer de se valer do talento individual dos que estão em campo. Desagradável e irritante. Uma lástima!

O Carioquinha, vê-se, foi um tremendo Me Engana Que Eu Gosto. A tal defesa inexpugnável, depois dele, toma gols sem parar. O ataque com os “pontinhas” grudados às linhas laterais (paixão de Tite pelo futebol posicional) é incapaz de produzir gols. E o meio-campo desperdiça até o futebol de um craque como Nicolas De La Cruz. Desastre total.

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Jogo após jogo, os toques para o lado e para trás e os chutões e chuveirinhos se repetem de forma monocórdica. E o treinador, que sempre repetiu que “o campo fala”, se mostra incapaz de ouvir os urros da incompetência de sua teimosia cega.

Esse Flamengo sempre jogou bem num 4-4-2, com alta rotatividade e aproximação, para triangulações e jogadas pelo meio e pelas pontas. Se Tite, ao menos, se desse a chance de treinar e testar tal esquema, talvez tivesse condições de se recuperar.

Mas ele teima no 4-3-3 posicional. Como teima em, na ausência de Arrascaeta, empurrar De La Cruz pra frente, com Gérson, lento e em má forma, de segundo volante. Tudo errado.

Acumulando maus resultados e já condenado pela torcida, Tite tem seus dias contados no Fla. Se perder para o Corinthians, no próximo sábado, é bem provável que seja demitido.

Até porque Rodolfo Landim sabe que se chegar ao final do ano sem ganhar nada além do Carioquinha, dificilmente conseguirá eleger seu sucessor. E tudo que ele quer, de uma forma ou de outra, é se manter no poder.

Após a melancólica e humilhante derrota para o fraquíssimo Palestino (folha de pagamento de R$ 1 milhão, contra R$ 23 milhões do Fla), nem mesmo a Flanelinha (aquela turma sempre disposta a passar pano) parece capaz de defende-lo. Babou, professor Adenor.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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